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Problemas Sociais


Problemas sociais como oportunidades para empreendedores

Existe um tipo de empreendedor que você talvez não conheça: o empreendedor social.

Em linhas gerais ele se caracteriza a partir de uma ação em três fases: (I) identifica um problema que causa exclusão, marginalização ou sofrimento em um grupo de pessoas; (II) assume para si a corresponsabilidade pelo problema e pela solução; e (III) desenvolve, testa e refina uma proposta de valor com potencial de mudança, melhoria e impacto social positivo.

A partir de suas ações, surgem organizações de vários tipos, entre as quais as organizações do terceiro setor e os negócios de impacto.

Enquadrados no setor dois e meio, os negócios de impacto, criados por empreendedores sociais, têm um duplo ponto de partida: a solução de um problema social, somada a sua sustentabilidade financeira. Tais empreendimentos conciliam dois assuntos até então vistos como irreconciliáveis: negócios e impacto social.

Tem-se falado, por exemplo, no problema dos refugiados no Brasil. Em paralelo à discussão política e governamental da questão, a plataforma Speak to Share, sediada em Brasília, está a fazer a intermediação de dois grupos: estudantes de idiomas e comunidades de refugiados. Seu propósito é gerar complementação de renda para famílias de refugiados por meio de conversações em línguas estrangeiras. Trata-se de um negócio de impacto.

Em uma outra frente, constatamos que as instituições de ensino superior de vanguarda já começam a inserir o empreendedorismo social em suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, formando cidadãos capazes de identificar problemas sociais e propor soluções para enfrentá-los.

Se o porvir reserva aos novos graduados múltiplas possibilidades profissionais durante a vida, acreditamos que as competências de empreender socialmente estarão entre as mais necessárias para o Brasil.


Gabriel Cardoso é coordenador geral de graduação do Centro Universitário UDF e autor do livro Empreendedorismo Social e Políticas Públicas na Educação (editora Appris).

FONTE: JORNAL DE BRASÍLIA - 24/10/2018

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