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Pequenas ações e grandes impactos


finanças sociais

Há alguns dias atrás, mais precisamente entre os dias 03 e 04 de agosto, a cidade de São Paulo sediou o Fórum Brasileiro de Finanças Sociais e Negócios de Impacto com o propósito de fortalecer o ecossistema no Brasil, organizado por três instituições influentes neste tema – a Artemisia, a Vox Capital e o ICE . A ideia foi criar um espaço para debater o tema e compartilhar alguns casos atuantes. Tive a feliz oportunidade de estar presente para acompanhar os debates e os temas discutidos ao longo desse um dia e meio.

No decorrer do debate todos os participantes foram instigados a fazer algumas provocações com os ouvintes, e algumas em especial me chamaram mais a atenção que outras, e como consequência me levaram a inúmeras reflexões. Uma delas foi levantada pelo Fábio Barbosa (Fundação Itaú social), em que ele fez um chamado para que tenhamos mais responsabilidade para onde estamos direcionando nosso dinheiro, e mais ainda: para onde estamos colocando a nossa energia. Afinal, em que causa você está dedicando seu tempo, dinheiro e vida?

E confesso que isso me fez questionar sobre os meus próprios, hábitos e atitudes novamente, afinal o quanto eu sou coerente com o desejo de impacto positivo com as minhas ações diárias? Inúmeras reflexões das ações do meu dia-a-dia e suas consequências para a comunidade a qual faço parte, que vai desde a atitude de evitar ao máximo sacolas descartáveis em qualquer compra a ter um negócio visando impacto positivo ou algum tipo benefício social.

Os atos diários podem ser pequenos, como bem colocado pelo Karim Harji (Porpouse Capital) na mesa de abertura do evento: “Afinal, quem aqui sugeriu ao seu gerente do banco a fazer investimento em negócios sociais?”, e você pode até imaginar a resposta: uma minoria se manifestou de forma positiva. E agora eu pergunto para você: já questionou o seu gerente? Afinal, não precisamos estar envolvidos em um grande projeto ou ação para fazer sua parte e gerar uma contribuição e impacto social.

Então como podemos com pequenos atos gerar algum impacto? Vamos começar por uma autoanálise - aguente firme! Todas essas ponderações são super ricas para uma reflexão, eu mesmo experimentei isso! – Vamos lá:

  • O quanto do seu trabalho é positivo e significativo para a sociedade? Você dedica maior parte do seu tempo e recurso nisso. Será que precisa alguma ressignificação?

  • Seu estilo de vida, onde você mora, como você se integra com o ambiente e o quanto você contribuiu para um ambiente saudável e autossustentável?

  • E os seus hábitos, como as compras que você realiza, estão alinhados com empresas que possuem preocupações ambientais e de melhoria social? E o que você consome é realmente necessário? Lembre-se que temos que nos responsabilizar onde estamos empregando nosso tempo e dinheiro, afinal numa cadeia integrada pequenas ações geram consequências para o todo, sejam positivas ou não.

  • Alinhe tudo isso com a sua atitude cidadã de participação política para cobrar os governantes a colocarem em sua pauta discussões e ações sobre o universo de negócios sociais.

  • Aliás, onde você investe o seu dinheiro? Invista em negócios sociais. Estima-se que nos próximos anos o investimento em negócios sociais vai crescer de forma considerável, que tal fazer parte e saber que seu dinheiro está sendo empregado para construção de um mundo melhor? Uma dica valiosa que surgiu no Fórum em primeira mão veio da Avante - negócio social que propõe soluções financeiras diferentes e humanizadas para microempreendedores - que está lançando um programa de investimentos em negócios sociais. Olha aí sua oportunidade e a minha em investimentos realmente relevantes.

Comunique e leve todos esses pontos para o máximo de pessoas que você puder. Foi pensando nisso que eu e uma amiga, e, claro, com ajuda de outras pessoas, criamos e aplicamos um primeiro piloto do nosso projeto de empoderamento feminino no final de semana passado na comunidade denominada “Coliseu” na cidade de São Paulo.

empoderamento feminino

A ideia surgiu de um desejo mútuo de passarmos adiante o conhecimento e as percepções que tivemos a oportunidade de adquirir até o momento para outras mulheres que não possuem as mesmas possibilidades. Acreditamos que elas terão um grande valor como fator de mudança para atitudes mais conscientes e impactantes. Foi assim que surgiu o ComVida, o nosso convite para levar mais vida às mulheres em todos as vertentes possíveis. E aqui também fica o meu convite para ações mais impactantes.

Acredito que depois de tantas provocações você irá chegar à conclusão que gerar impacto positivo está mais perto que imaginado, basta você se empoderar dessa capacidade e responsabilidade de transformação e ter noção das consequências dos seus atos, para assim gerar e fortalecer a comunidade que você está inserido.

E aí, preparado para impactar?


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