A primeira dificuldade que tive ao ter contato com empreendimentos sociais foi não compreender o que tornava uma organização social ou não, ou seja, como diferenciar aqueles empreendimentos que são ou não sociais.
Alguns dizem que somente ONG´s são empreendimentos sociais, outros dizem que somente empresas que resolvem problemas da sociedade e geram lucro o são. Afinal, quem está certo?
A confusão que existe em torno do tema é natural. Conforme já expliquei no SEGUNDO POST DO BLOG, os negócios sociais atuam como um misto das organizações do segundo e terceiro setor da economia. Mas somente eles são empreendimentos sociais?
Penso que não. Toda e qualquer ação organizada em prol da solução de um problema da sociedade é um empreendimento social. Porém, várias são as formas de como essa ação pode vir a ser materializada.
Para detalhar o assunto, vejamos o espectro de organizações abaixo:
De um lado organizações totalmente sem fins lucrativos e do outro organizações unicamente com esse fim. Entre os dois extremos, há na sociedade uma infinidade de organizações com diversas configurações e formas. Iremos neste blog focar principalmente o modelo híbrido.
A partir daí chegamos a quatro formas de empreendimentos sociais:
Negócios sociais (modelo híbrido): empreendimento social com fins lucrativos (resolve problemas da sociedade e lucra com a comercialização da solução).
Organização auto-sustentável: empreendimento auto-financiado pelas suas atividades e sem fins lucrativos (resolve problemas da sociedade e suas receitas são utilizadas apenas para cobrir as despesas)
Organização parcialmente alavancada: sem fins lucrativos e parcialmente subsidiada pelo Estado ou por iniciativas privadas (terceiro setor).
Organizações dependentes: organizações de caridade ou totalmente subsidiadas e também sem fins lucrativos (terceiro setor).
Ficou claro? Se não, mande sua dúvida aqui!
Felicidades! GC