Por meio da força do ensino, da pesquisa e da extensão, professores e estudantes do ensino superior podem atuar como atores protagonistas no ecossistema de impacto brasileiro.
O movimento de impacto social se expandindo ao Brasil: crescimento do empreendedorismo social, a Estratégia Nacional, Aliança pelo Impacto, entre outras evidências, apontam que o nosso país está em movimento e fortalecendo o seu ecossistema. Que bom! No meio desse universo -- que costumamos chamar de ecossistema — temos atores com distintos interesses, que exercem papeis e responsabilidade importantes e complementares. São empreendedores sociais, investidores, governo, fundações, organismos multilaterais, bancos, instituições filantrópicas e universidades estão entre os mais ativos. Essa orquestra invisível, regida pelo propósito de uma sociedade com menos pobreza, afinou-se e agora produz melhores e maiores resultados.
No ambiente acadêmico, em específico, observamos algumas iniciativas que tem liderado esse movimento no Brasil. É o caso do Programa Academia ICE, por exemplo, que tem o objetivo de engajar professores e fortalecer a atuação das instituições de ensino superior (IES) brasileiras nas temáticas de Finanças Sociais e Negócios de Impacto, com ênfase nas três dimensões básicas da educação superior: pesquisa, ensino e extensão.
Os professores são o elo do Programa com a academia. Assim, o Programa busca conectá-los com o ecossistema de Finanças Sociais e Negócios de Impacto brasileiro e internacional; estimular a produção de pesquisas e cases de empreendedorismo de impacto; criar novas disciplinas e cursos; estimular a criação e desenvolvimento de atividades de extensão, que conectem o aluno com a realidade local; e sistematizar e disseminar suas práticas acadêmicas – proporcionando inspiração e engajamento. A Enactus é outro caso. Enactus é uma palavra que usa as iniciais de entrepreneurial action for us, ou: ação empreendedora para todos.
O Brasil é um dos 37 países ao redor do mundo que opera o programa Enactus, uma rede de estudantes, líderes executivos e líderes acadêmicos que se integram e articulam para que universitários criem projetos reais de impacto social positivo. Com isso, os alunos Enactus usam o empreendedorismo social universitário como uma ferramenta de transformação dupla: as pessoas que eles servem, por meio de suas ações, e os próprios alunos, que desenvolvem valores para se tornarem os verdadeiros líderes do futuro.
As instituições de ensino superior, professores e estudantes que adotam tal agenda estão colhendo benefícios: elas fortalecem o impacto social e a relevância regional de suas pesquisas; elas estruturam e organizam, de forma mais inovadora e empreendedora, a sua atividade extensionista; e também articulam e enriquecem o modelo de ensino para para a resolução de problemas e desafios sociais e ambientais da região que estão inseridas
Aqui em Brasília, eu tenho buscado professores e estudantes do ensino superior que tenham interesse e disponibilidade em contribuir com a agenda. Se você conhece alguém com esse perfil, por favor, passe meus contatos para nos conectarmos. Essa será uma grande contribuição para o nosso ecossistema local!
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Texto publicado originalmente em 8/11/2019 no Impact Hub App, plataforma global acessada por membros e parceiros. Benefício exclusivo dos assinantes do Elo de Impacto (Impact Hub Brasília).
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